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Parreira Brava

Planta também conhecida como abútua ou bútua, com propriedades diuréticas. Descoberta no séc. XVII no Brasil por missionários Portugueses.

Parreira brava 2

folha de Parreira Brava


Descoberta

A parreira - brava foi descoberta pelos missionários portugueses no Brasil, no séc. XVII, que a trouxeram para Lisboa e a deram a conhecer ao mundo. Michel Amelot, embaixador de Luís XIV, levou a planta para Paris em 1688 e a partir daí esta começou a ser utilizada para o tratamento de pedras nos rins por médicos como Thevard. Jean-Adrien Helvetius, também apologista da parreira-brava, escreveu três secções sobre a utilização da raiz desta planta como diurético e para tratamento de patologias dos rins e da bexiga no seu livro Traité dês maladies les plus frequentes (Paris, 1703). Louis-Raulin Ruillé, embaixador sucessor de Amelot, apresentou a parreira-brava a Helvetius, descrevendo o seu uso em Portugal e a forma como inventou um bálsamo para facilitar a sua administração (Baume Diuretique de Parera Brava), reivindicando ter sido um dos primeiros a introduzi-la em França em 1715. Joseph Pitton de Tournefort, botânico, esteve em Portugal durante um curto período de tempo, de Março a Agosto de 1689, herborizando tanto parreira-brava como ipecacuanha e teve também uma grande importância na aceitação destas plantas em França. Nesta altura, a parreira brava era mais vulgar que a epicacuanha e podia ser encontrada em quase todas as boticas Portuguesas. O ponto alto do interesse pela parreira-brava foi em 1710, quando esta constituiu o objecto de um relatório por Etienne-François Geoffroy, professor de Medicina e Farmácia no Collège de France, a pedido da Académie dês Sciences. Geoffrey relatou várias experiencias positivas em casos de inflamação da bexiga e de anurese.


Descrição e efeitos terapeuticos

A parreira brava, também conhecida como abútua, bútua, uva-do-rio-apa ou videira silvestre, é uma planta da família das menispermáceas. É uma trepadeira, que dá muitos cachos semelhantes aos da videira, com bagas pretas de gosto adocicado não comestíveis. Para efeitos medicinais utilizam-se a raiz e lascas do tronco em infusão (20g/L de água). È uma planta principalmente diurética mas também é utilizada contra cálculos renais, cólicas uterinas, má digestão e reumatismo.

Parreira brava

Parreira Brava


Bibliografia

  • Pinto Correia, C., Sousa Dias,J., Assim na terra como no céu
  • Rodolfo Dalgado, S., Joseph M. Piel,Glossário Luso-Asiático
  • Theodoro J. H. Langgaard, Diccionario de medicina doméstica e popular...

Ligações externas

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