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História

Foi fundado em 1768, tendo sindo o primeiro jardim botânico português. A sua história remonta a 1755, após o Terramoto de Lisboa, em que a corte foi transferida para a Ajuda, uma das poucas zonas não afectadas.

Em 1765 D. José encarregou Domingos Vandelli da criação deste jardim, o qual se baseou no jardim botânico da sua cidade natal – Pádua, tendo sindo ajudado por Júlio Mattiazi, primeiro jardineiro do Horto Botânico de Pádua. Este jardim, tal como o Museu de História Natural e o Gabinete de Física, foram criados com vista à educação e lazer da família real.

Vandelli em 1791 foi nomeado director do inicialmente chamado “Real Jardim Botânico da Ajuda, Laboratório Químico, Museu de História Natural e Casa do Risco” utilizando o sistema natural de Lineu da edição de Murray para classificar as plantas deste jardim. Com a primeira invasão francesa, em 1808, é em muito comprometido o plano expansionista deste jardim, tendo ocorrido a sua reactivação com o regresso de D. João VI do Brasil, tendo este ordenado que o jardim e o museu fossem abertos ao público, às quintas-feiras, salvo dias santos. Félix de Avellar Brotero é então nomeado o segundo director deste jardim procurando fazer reviver o jardim. Após a morte de Brotero, o jardim botânico passou por uma fase de decadência e degradação.

Posteriormente, em 1837, o Real Museu e o Jardim Botânico da Ajuda foram confiados à admnistração da Academia das Ciências de Lisboa, tendo sido mais tarde, em 1838, após fundação da Escola Politécnica de Lisboa, a sua admnistração atribuída a Xavier de Almeida, professor do curso de Introdução à História Natural dos Três Reinos, o que levou a que o Real Museu e o Jardim Botânico da Ajuda fossem incorporados nesta intituição por necessidade da mesma de um jardim botânico para o seu desenvolvimento.

Em 1874 o jardim foi entregue à admnistração da casa real, entrando então em decadência, período a partir do qual sucederam-se diversas direcções até este ter sido entregue ao Instituto Superior de Agronomia, 1918.

O furacão dos anos 60 danificou bastante este jardim e só em entre 1993 e 1996 se iniciou o seu processo de recuperação, com o apoio do Prémio de Conservação do Património Europeu e do Fundo de Turismo, sob a orientação da Profª. Cristina Castel-Branco.

Em 2002 a direcção é entrega à Engª. Dalila Espírito Santo, tendo sido criada uma agenda cultural lúdica e educativa permanentes para o Jardim Botânico da Ajuda.

O Jardim

Descrição

Possui uma área de 3,5 ha, que se encontram divididos por dois tabuleiros com um desnível de 6,8m. A sua arquitecrura segue os modelos renascentistas apresentando três elementos fundamentais, pedra esculpida, plantas e àgua em fontes e lagos. O jardim apresenta dois tipos de uso: enquanto que o tabuleiro superior é dedicado a uma colecção botânica, o tabuleiro inferior apresenta um passeio ornamental com buxo, segundo as regras do jardim de recreio.

Actividades

Durante todo o ano funciona neste jardim a “Associação Portuguesa de Orquideofilia”, sendo também sede do Grupo de Teatro Infantil AnimArte. Propociona também mini-cursos de jardinagem para adultos e cursos de ocupação de tempos livres, organizando também festas regulares. É de acesso pago, excepto para os residentes da Junta de Freguesia da Ajuda, estando no entanto aberto ao público em geral aos domingos de manhã.

Localização

Cimo da Calçada da Ajuda, 1300-010 Lisboa.

Bibliografia

Referências

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